Uma equipa da Escola de Ciências da Universidade do Minho está a desenvolver potenciais fármacos para o tratamento de doenças psicóticas, em particular para a esquizofrenia.
Uma equipa da Escola de Ciências da Universidade do Minho está a desenvolver potenciais fármacos para o tratamento de doenças psicóticas, em particular para a esquizofrenia. O projeto conta com o apoio das universidades espanholas de Pompeu Fabra, em Barcelona, e de Santiago de Compostela.
Em comunicado de imprensa, a Universidade explica que o objetivo é encontrar um fármaco que possa atuar no domínio das doenças psiquiátricas apresentando efeitos secundários menores do que os que são atualmente comercializados.
“Estamos a tentar desenvolver novas moléculas que possam atuar em mais de um recetor, tendo uma maior eficiência no tratamento destas patologias”, explica a coordenadora da investigação.
Fernanda Proença, professora catedrática, esclarece que “o trabalho consiste em construir moléculas a partir de outras mais simples”, já que “um fármaco não é mais do que uma molécula (simples ou complexa) que apresenta uma determinada atividade biológica”.
Atualmente, o grupo de investigadores do Centro de Química dispõe de um grande número de compostos com potencialidade na área dos distúrbios psiquiátricos.
“Construímos uma biblioteca de 5500 estruturas químicas, desenhadas por nós e que conseguimos facilmente sintetizar no laboratório para o estudo posterior da sua aplicação como agentes antipsicóticos”, acrescenta a responsável.
Entretanto, a equipa do Centro foi também contactada pelo National Institute of Allergy and Infectious Diseases, dos EUA, para colabotrar na procura de novos compostos ativos contra a tuberculose, projeto que ainda está a decorrer.
Além disso, o grupo de trabalho terá o cancro como próximo desafio, já que as triagens virtuais efetuadas pelos cientistas permitiram identificar moléculas potencialmente ativas em alvos associados à doença.