da Universidade, podem ser usados para combater problemas vasculares.
A matéria utilizada é quimicamente idêntica à vegetal, mas é obtida no estado puro por micro-organismos e apresenta propriedades excecionais como “uma elevada biocompatibilidade, pois não induz praticamente reação do corpo estranho, uma grande capacidade de absorção de água, de resistência mecânica, de elasticidade e de moldabilidade”, explica o comunicado da UMinho enviado ao Boas Notícias.
Miguel Gama, professor da Escola de Engenharia da UMinho e coordenador do grupo FUNCARB – FUNctional CARBohydrates Nanobiotechnology Group – salienta que “o objetivo principal (destes vasos) é diminuir os problemas vasculares, gerados pelo entupimento dos vasos arteriais, situação que afeta anualmente milhões de pessoas”.
A utilização de celulose bacteriana para produzir vasos sanguíneos artificiais poderá tornar o processo cirúrgico mais seguro pois este material apresenta um risco de formação de coágulos sanguíneos menor do que o observado com outros materiais.
Ainda assim, a equipa pretende, agora, testar e corrigir as limitações da celulose bacteriana. “O aperfeiçoamento desta substância poderá mitigar os problemas de incompatibilidade que possam causar tromboses agudas no momento do implante, tornando o processo (pós) cirúrgico mais seguro”.
Para esta investigação, o grupo do Centro de Engenharia Biológica contou com a colaboração de uma equipa de cirurgiões do Hospital de Santo António do Porto.