Um grupo de investigadores da Coreia do Sul está a desenvolver um novo método que poderá vir a permitir que os espetadores assistam a um filme em 3D no cinema necessitarem de óculos especiais.
Um grupo de investigadores da Coreia do Sul está a desenvolver um novo método que poderá vir a permitir que os espetadores assistam a um filme em 3D no cinema necessitarem de óculos especiais. Os resultados da investigação foram dados a conhecer esta segunda-feira pela revista científica Optical Express.
Os seres humanos veem o mundo real em três dimensões devido ao facto de os olhos se encontrarem um pouco afastados e de cada um olhar para um ângulo diferente. O cérebro combina a informação de ambos e, a partir daí, determina onde está cada objeto no nosso campo de visão para gerar a perceção de profundidade.
Para conseguir películas 3D, o “truque” é idêntico: uma imagem ligeiramente diferente é enviada para cada olho, sendo interpretada pelos óculos especiais, que controlam a direção da luz – uma das lentes permite a receção numa direção e a outra numa direção distinta.
Vários métodos têm sido desenvolvidos para tentar acabar com a necessidade do uso destes óculos, a maioria deles incompatíveis com a estrutura dos cinemas a nível mundial. A nova técnica sul-coreana, porém, não exigiria qualquer alteração nesta estrutura, mantendo os projetores no seu local habitual – por trás da audiência – e utilizando apenas uma tecnologia ótica muito simples.
De acordo com comunicado divulgado pela Optical Express, o método consiste na colocação de um dispositivo especial em frente aos projetores, que controla a direção da luz, à semelhança do que fazem as lentes dos óculos. Desta forma, cada um dos olhos, colocados em ângulos ligeiramente diferentes, veria uma parte do ecrã, criando-se a ilusão das três dimensões.
“Os nossos resultados confirmam a viabilidade desta proposta e acreditamos que o método poderá vir a ser útil para o desenvolvimento de uma nova geração de projeção de filmes 3-D para cinemas”, considerou Byoungho Lee, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Nacional de Seul, responsável pelo estudo.
A equipa espera agora aperfeiçoar o método criado, uma vez que, até ao momento, a resolução de imagem obtida é muito baixa. Apesar das conclusões promissoras, a generalização desta tecnologia deverá demorar ainda vários anos.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).