O poder do toque, como um abraço, acaba de ser confirmado num novo estudo. Segundo uma investigação da Universidade de Amesterdão, até as interações triviais do dia-a-dia podem ajudar pessoas com baixa autoestima a terem uma atitude mais positiva.
O poder do toque, como um abraço, acaba de ser confirmado num novo estudo. Segundo uma investigação da Universidade de Amesterdão, até as interações triviais do dia-a-dia podem ajudar pessoas com baixa autoestima a terem uma atitude mais positiva.
A equipa introduz o estudo referindo que, por exemplo, a ideia de mortalidade é encarada com serenidade pelas pessoas com uma autoestima saudável, mas pode ser motivo de ansiedade e depressão para quem tem pouco amor-próprio.
Numa série de estudos, cujas conclusões foram publicadas este mês no jornal Psychological Science, a equipa afirma que este problema pode ser ultrapassado através do toque.
“Até breves e triviais momentos de toque pessoal podem ajudar as pessoas a lidar de uma forma mais eficiente com as suas fragilidades existenciais”, defende o psicólogo e líder da investigação Sander Koole.
“Isto é importante porque todos temos de lidar com estes problemas e todos temos momentos em que lutamos para encontrar um significado para a nossa vida,” reforça o investigador.
Num dos estudos, um elemento feminino da equipa de investigação aproximou-se de alunos que passavam no campus da universidade e entregou-lhes um questionário para preencherem.
Em alguns casos, a entrevistadora limitou-se a entregar o questionário. Noutros, acompanhou o preenchimento colocando a sua mão, suavemente e durante um breve momento, no ombro do aluno que preenchia o documento.
Neste teste, os participantes que revelaram pouca autoestima e que foram tocados no ombro, indicaram sentir menos ansiedade, quando preencheram o questionário, do que aqueles que não tinham sido tocados.
Num outro estudo, a equipa afirma que indivíduos com baixa auto estima revelam um maior desejo e vontade de recorrer ao toque. Neste exercício, os investigadores recorreram a um urso de peluche e a um grupo de participantes com baixa autoestima. Alguns dos participantes foram confrontados com a questão da sua mortalidade e outros não.
Nesse momento, os participantes que puderam tocar no urso revelaram menos sentimentos de etnocentrismo (menos preconceitos e uma maior tolerância para com os outros), que é uma defesa comum nas pessoas com baixa autoestima.
“As nossas conclusões sugerem que mesmo o toque de um objeto inanimado, como um urso, pode aliviar receios existenciais”, salienta o investigador principal em comunicado.
Sander Koole conclui afirmando que a prática deste tipo de toque, como um abraço, deve ser encarada como um importante elemento nas tradicionais terapias para tratar doenças como a depressão e ansiedade.
Clique AQUI para aceder ao comunicado do estudo.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes
Comentários
comentários