O Governo britânico confirmou esta quinta-feira a sua intenção de proibir a utilização de animais selvagens em circos itinerantes, admitindo no entanto que a medida “levará algum tempo” a ser implementada.
O ministro do Ambiente, Lord Taylor, considerou, em comunicado, a utilização de animais selvagens, como tigres, leões ou macacos, como “ultrapassada”. Estão por isso previstas leis mais restritas de licenciamento no que diz respeito a esta matéria, com o objetivo de que a proibição venha a ser total.
O governo sublinha ainda que muitas das espécies empregadas em circos são espécies ameaçadas ou vivem em condições que não se aproximam do seu habitat natural.
“Não há lugar na sociedade de hoje para a utilização de animais selvagens como forma de entretenimento em circos itinerantes”, disse o ministro britânico, acrescentando a convicção de que “os animais selvagens merecem o nosso respeito”.
Enquanto não forem criadas condições para a proibição total da prática, o Departamento para o Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (DEFRA, na sigla inglesa) declarou a sua intenção de “criar um sistema de licenças para os circos para assegurar condições decentes para os animais selvagens.”
As novas leis de licenciamento prevêem que os circos proprietários de animais tenham em conta determinados padrões de bem-estar. Além de garantirem alojamento adequado e tratamento veterinário, os circos terão que preparar planos de encaminhamento para os animais, quando estes deixarem de poder praticar atividades circenses.
Vão ainda ser nomeados pelo executivo britânico, veterinários especialistas que procedam à inspeção formal dos estabelecimentos antes destes obterem ou renovarem a licença.
O DEFRA estima que, no Reino Unido, existam cerca de 35 a 50 animais selvagens que são usados para fins de entretenimento.
[Notícia sugerida por Diana Rodrigues]
