Portugal é o segundo país da União Europeia que dedica mais anos no seu programa de ensino à formação cívica e um dos que começam mais cedo a ensinar práticas de cidadania aos alunos, indica um estudo europeu.
“A educação para a cidadania é um dos principais meios através dos quais os países europeus ajudam os jovens a adquirir as competências sociais e cívicas necessárias às suas vidas”, lê-se nas conclusões do estudo sobre educação para a cidadania da rede europeia de educação Eurydice.
Os dados do estudo permitem concluir que Portugal e França são os únicos países que começam a ensinar formação cívica logo a partir do primeiro ciclo do ensino básico. No total, Portugal inclui a disciplina ao longo de seis anos de ensino, enquanto em França o civismo está incluído ao longo de 12 anos de ensino.
Em termos de horas de ensino cívico por ano, Portugal fica no terceiro lugar no ranking da Eurydice com um tempo estimado de 27 horas anuais. Em primeiro está a França (30 horas no primeiro ciclo e 28 no segundo) e em segundo a Espanha (35 horas no terceiro ciclo).
Portugal inclui nos currículos de formação cívica conteúdos que não são comuns a todos os países da Eurydice, como direitos humanos, segurança rodoviária, igualdade e justiça e educação para o empreendedorismo.
No estudo assinala-se que a formação cívica não tem qualquer influência na progressão dos alunos portugueses, por não contar para nota, ao contrário do que acontece nos países que lhe dedicam mais tempo letivo por ano (Espanha e França).
Nas conclusões, destaca-se que ensinar aos alunos “conhecimentos, aptidões e atitudes” que lhes permitam ser cidadãos “ativos com capacidade de moldar o futuro das sociedades democráticas europeias” é “um dos principais desafios dos sistemas educativos” neste século.
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