A Universidade de Aveiro desenvolveu um método que transforma desperdícios industriais, como por exemplo restos de pedras, em matéria prima que pode ser usada pela indústria da cerâmica.
A Universidade de Aveiro desenvolveu um método que transforma desperdícios industriais, como por exemplo restos de pedras, em matéria prima que pode ser usada pela indústria da cerâmica. Um processo que vai beneficiar o ambiente e ajudar, financeiramente, estes produtores.
A produção de produtos cerâmicos a partir de desperdícios industriais vai dar utilidade aos resíduos que tinham como destino os aterros e aumentar a margem de lucro das indústrias cerâmicas com matéria-prima a custo zero.
O método desenvolvido pelo Departamento de Materiais e Cerâmica (DEMaC) permite resolver dois problemas em simultâneo: o lixo ambiental e os custos da indústria da cerâmica.
“O método que desenvolvemos permite determinar quando e como os vários subprodutos e resíduos industriais podem ser usados como matéria-prima alternativa aos ingredientes convencionais na cerâmica tradicional”, explica a investigadora Ana Segadães, num comunicado da Universidade de Aveiro.
A transformação do produto não acarreta mais custos à indústria da cerâmica que poderá aplicar aos resíduos o “mesmo tipo de tratamento que se usa hoje nas matérias-primas tradicionais”.
Método inovador destacado em revista internacional
Para a realização do estudo, a equipa da Universidade de Aveiro utilizou desperdícios de vários setores de mineração – entre mármores, granitos, calcários e outros tipos de pedras consideradas inúteis pelas suas reduzidas dimensões.
“A maior parte desses resíduos minerais são utilizados na construção de estradas como aplicações pobres sem valor acrescentado. Para o que sobra desses produtos ainda não há uso, ou porque são finos demais e não servem para esse fim, ou porque são perigosos demais e ninguém os quer” salientou Ana Segadães, especialista na análise da composição de materiais.
O estudo da Universidade de Aveiro mereceu destaque na publicação europeia “Materials World”, dedicada ao mercado de reaproveitamento, reciclagem e recuperação de produtos industriais.
Clique AQUI para aceder ao artigo da “Materials World” (em inglês).
[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]