O estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, visa testar as causas psicológicas da disfunção erétil, comparando homens sem dificuldades sexuais com aqueles que têm dificuldades sexuais não diagnosticadas clinicamente.
Em comunicado, Pedro Nobre, psicólogo clínico e coordenador do Sexlab, explica que o que está em causa é a análise do papel que traços individuais como “a personalidade, as crenças sexuais, o afeto geral e a tendência para a excitação e inibição sexual” têm na resposta sexual.
Este projeto apresenta como inovação o facto de ser o primeiro a nível mundial a estudar o foco da atenção durante a exposição a filmes sexuais em voluntários com dificuldades sexuais, recorrendo para isso a um Software sofisticado denominado iView X.
“Esta nova técnica permitirá assim testar também hipóteses teóricas sobre o papel do foco da atenção na resposta sexual, clarificando as diferenças entre homens com disfunção eréctil e homens sexualmente saudáveis”, afirma Pedro Nobre.
O investigador avança que os resultados do estudo poderão ter “implicações importantes quer ao nível da prevenção, quer ao nível da intervenção clínica”, já que pode revelar “fatores de risco psicológico” para o desenvolvimento de problemas sexuais masculinos.
Os colaboradores da investigação estão a ser convocados pela UA e devem ser estudantes universitários entre os 18 e os 40 anos, aos quais o laboratório garante privacidade e uma recompensa de 30 euros.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta]