A Universidade de Aveiro está a desenvolver, em parceria com a empresa privada Egton, uma nova tecnologia que permite maximizar o rendimento dos painéis fotovoltaicos a um custo inferior ao dos seguidores solares.
A Universidade de Aveiro está a desenvolver, em parceria com a empresa privada Egton, uma nova tecnologia que permite maximizar o rendimento dos painéis fotovoltaicos a um custo inferior ao dos seguidores solares. De acordo com fonte académica, o protótipo construído revelou resultados “encorajadores” nos testes preliminares.
Em declarações à agência Lusa, Valter Silva, professor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) e coordenador do projeto explicou que o objetivo é, a partir de um sistema fixo de painéis, conseguir uma maior produção com um pequeno incremento de custo.
“O que estamos a fazer é controlar a potência, conforme as condições climatéricas, maximizando a cada instante os painéis que estão na instalação”, contou o responsável, exemplificando que, para uma instalação típica de 4.400 watts com painéis fixos a produção ronda os seis megawatts sendo que a tecnologia aveirense possibilita um rendimento superior, entre sete e oito megawatts.
O rendimento obtido aproxima-se, portanto, das instalações de idêntica dimensão com seguidores solares – que se situa entre os 8,1 a 8,2 megawatts – tendo, porém, a vantagem de ser 30% a 40% mais barato. Além disso, beneficia do facto de “não ter as partes móveis e respetiva manutenção, que um sistema de seguidores solares implica”, frisou Vasco Silva.
Atualmente, o sistema “encomendado” pela Egton à ESTGA ainda está em fase de ensaios, não estando definida a data em que começará a ser comercializado.
O trabalho foi desenvolvido no âmbito do projeto temático em Instrumentação Industrial do curso de Engenharia Eletrotécnica por Hugo Polido, Marco Marques, Nuno Alçada, Nuno Baioneta e Ricardo Oliveira.