“A Amnistia (AI) tem por objetivo estratégico criar um movimento global de direitos humanos e, como tal, temos de estar na crista da onda no que diz respeito a tecnologias e tínhamos de entrar neste fenómeno das redes sociais. Daí criarmos o Tyrannybook, que tem muitas semelhanças com o Facebook”, explicou à agência Lusa, Pedro Krupenski, diretor executivo da delegação portuguesa da AI.
Atualmente, a rede apresenta já o perfil de 10 tiranos mundiais, entre eles Robert Mugabe (Zimbabué), Hu Jintao (China) e Radovan Karadzic (Sérvia).
No entanto, a AI espera que os utilizadores desta nova rede social tenham também um papel ativo na defesa dos direitos humanos, ao dar “conhecimento das violações que testemunharam ou de que tiveram conhecimento, diretamente ou por interposta pessoa, contribuindo para esta luta com a denúncia dessas situações que vão ocorrendo aqui e acolá à porta fechada”, explica Pedro Krupenski.
“Violar os direitos humanos de uma pessoa é violar os direitos humanos de todos e, sendo todos parte do problema, também somos todos parte da sua resolução” e, por isso, “não importa se a violação dos direitos humanos tem lugar em países tão distantes quanto a Líbia ou a Chechénia”; “[é] tão grave uma violação acontecer à nossa porta como num país longínquo”, acrescenta o responsável da AI.
O Tyrannybook é uma iniciativa da Amnistia Internacional, em parceria com a empresa publicitária e de gestão de marcas Leo Burnett Ibéria e espera a visita breve de utilizadores de todo o mundo.