Novos painéis explicativos e sinalética permitem agora uma visita mais organizada e informada ao monumento. Com cerca de 450 metros, o percurso leva a visitar a maior fábrica de salga de peixe do complexo, as termas, o mausoléu, a necrópole e a área residencial.
Apesar do abandono a que foi votada, esta estação arqueológica ganhou nova vida após o protocolo assinado em 2005 entre o Troiaresort, o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) e o Instituto Português de Arqueologia.
Inês Vaz Pinto, coordenadora da equipa de arqueólogos, disse ao Boas Notícias que os trabalhos concentraram-se “na limpeza de vegetação, desafogamento de areias, sondagens arqueológicas e conservação e restauro de estruturas arqueológicas”.
As ruínas romanas de Tróia são de grande importância arqueológica. Foram construídas na primeira metade do século I e ocupadas até ao século VI, sendo um grande complexo de produção de salga de peixe que se transformou num aglomerado urbano com casas, termas e necrópoles.
Inês Vaz Pinto explica que “nos tanques das suas oficinas de salga seriam produzidas conservas e molhos de peixe que eram exportados de barco para toda a Lusitânia, para Roma e muitas outras províncias do Império Romano.”
A equipa elaborou um novo percurso de visita que permite visitar as diversas áreas da metrópole e também fazer visitas guiadas (aos sábados às 15h, em junho) durante as quais é possível visitar a basílica paleocristã com paredes pintadas a fresco.
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[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]