Desde o sucesso do primeiro transplante com sangue do cordão umbilical, em 1988, foram já realizados mais de 40 mil transplantes, cerca de 75% dos quais nos últimos seis anos. Os números revelam que a utilização de sangue do cordão umbilical é segura e cada vez mais considerada como uma opção terapêutica para o tratamento de patologias como leucemias, linfomas, hemoglobinopatias, anemias ou imunodeficiências, entre outras.
No mês em que se assinala a importância do sangue do cordão umbilical, a Dra. Joanne Kurtzberg, médica especialista em hemato-oncologia da Universidade de Duke, nos EUA, e pioneira em transplantação com sangue do cordão umbilical, lembra as vantagens de utilização desta fonte de células estaminais e prevê um desenvolvimento significativo nesta área durante a próxima década.
A terapêutica com sangue do cordão “tem ainda um longo caminho de desenvolvimento pela frente. É notável que algo que é continuamente descartado possa salvar vidas”, denota Joanne Kurtzberg.
Num artigo publicado na revista científica Stem Cells Translational Medicine, a especialista diz não ter dúvidas sobre a utilização crescente desta alternativa terapêutica. “Prevejo que a utilização das células do sangue do cordão vá emergir como um dos maiores avanços das novas terapêuticas na medicina na próxima década”.