O debate sobre as novas terapêuticas para o combate ao cancro do pulmão, um dos tumores de maior incidência em todo o mundo e a principal causa de morte por doença oncológica, vai juntar dezenas de especialistas nacionais e internacionais no 12º Inspired Evolution. Na edição deste ano do evento, organizado pela farmacêutica Roche, destacam-se nomes como António Araújo, diretor do Serviço de Oncologia Médica do Centro Hospitalar do Porto, Venceslau Hespanhol, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, Manuel Teixeira, diretor do Centro de Investigação do IPO do Porto, assim como personalidades internacionais – Dolores Isla (Espanha), Maurice Pérol (França) ou Romana Wass (Alemanha) -, que vão dar a conhecer os novos avanços nesta área e as novidades terapêuticas disponíveis.
Uma delas é a imunoterapia, uma forma de tratamento que, segundo Fernando Barata, presidente do Grupo de Estudo do Cancro do Pulmão, já conseguiu benefícios assinaláveis. “Falamos globalmente de um duplicar da sobrevivência mediana e, para alguns doentes, num controlo a longo prazo.”
A imunoterapia pode mesmo configurar um novo paradigma no tratamento destas doenças. “O cancro do pulmão é uma doença de elevada carga sintomatológica e de drástico impacto pessoal, familiar e social. Em Portugal, mais de 4.300 pessoas por ano são diagnosticadas com cancro do pulmão”, refere Fernando Barata. “O número de novos casos aumenta todos os anos e a maioria dos doentes chega-nos numa fase avançada, disseminada.” E embora, acrescenta, a quimioterapia “foi e continue a ser a principal arma terapêutica, todos sentíamos que precisávamos de outras armas eficazes”.
Mas esta inovação não é única. A investigação prossegue e são várias as áreas em desenvolvimento, até porque, como afirma o especialista, “hoje e sempre devemos esperar avanços que nos permitam a médio ou longo prazo controlar esta epidemia. Com o envelhecimento, a doença oncológica será cada vez mais uma realidade. O cancro do pulmão é e continuará a ser uma das principais doenças oncológicas. Temos que continuar a apostar na prevenção e reforçar as medidas antitabágicas e de proteção face à poluição global. Temos que continuar a acreditar na inovação no diagnóstico e no tratamento para, mesmo na doença, termos mais vida com qualidade”.
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