“A torre esteve à beira do colapso, mas conseguimos deter a inclinação e protegê-la. Agora está fora de risco ao menos pelos próximos 200 anos”, explicou à AFP Giuseppe Bentivoglio, da organização Opera Primaziale, que preserva o monumento.
A torre foi reaberta ao público em 2002, e permaneceu aberta durante todo o período de restauração, que custou cerca de 7 milhões de euros, em parte para agradar aos turistas, mas também para ajudar a pagar a manutenção com o preço dos bilhetes.
Com o recurso a lasers, cinzéis e seringas, a equipa de restauro formada por 10 pessoas levou oito anos e três meses para limpar os 24.424 blocos de pedra que formam a torre de 56 metros. A equipa removeu sal marinho, fezes de pombos e inscrições de turistas na torre.
“Temos que ser apaixonados em salvar a torre ou nunca seríamos capazes de nos convencer a sair da cama ao amanhecer e passar o dia inclinado”, confessou um dos membros da equipa Berettini, de 41 anos.
Em 1987, a Torre de Pisa foi declarada Património Mundial pela organização cultural da ONU, a Unesco. Conta a lenda que a construção da torre foi iniciada em 1173, depois de uma nobre local ter deixado em testamento 60 moedas para a cidade construir um campanário magnífico.
Mas depois da construção de apenas três níveis, a torre começou a inclinar e suas fundações afundaram de um dos lados. A torre continuou depois a inclinar-se apesar dos esforços de engenheiros e arquitetos para a estabilizar.