O pequeno-almoço é a primeira refeição do dia, o que significa que é fonte de energia [hidratos de carbono) e nutrientes como vitaminas e minerais essenciais para ajudar o organismo e o cérebro a funcionar depois de oito horas de sono.
Um estudo publicado recentemente no 'International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity' vem reforçar outra ideia há muito avançada na área da nutrição, ou seja, que os jovens que tomam o pequeno-almoço comem mais verduras e frutas comparativamente com aqueles que não comem nada pela manhã ou do que aqueles que fazem refeições irregulares.
O estudo desenvolvido pelo National Institute of Public Health e pela University of Southern Denmark adianta ainda que as rotinas familiares e o cumprimento dos horários das refeições em família criam o ambiente propício para o desenvolvimento de hábitos saudáveis à mesa.
Boas rotinas, logo ao acordar
“Os hábitos alimentares adquiridos na infância são para a vida. E, no caso do pequeno-almoço, os benefícios são imediatos. Está provado que as crianças que tomam o pequeno-almoço são menos obesas, têm tendência para consumir alimentos mais equilibrados e, por fim, também está provado que as crianças que tomam o pequeno-almoço têm maior capacidade de concentração”, diz a nutricionista Ana Leonor Perdigão num comunicado enviado ao Boas Notícias a propósito do estudo dinamarquês.
A nutricionista afirma que desde o pequeno-almoço mais tradicional passando pelos cereais de pequeno-almoço, existem diferentes alimentos que podem ser incluídos para quebrar o jejum matinal.
Mas alguns estudos sugerem que a combinação de um produto que contenha cereais integrais (pão ou cereais de pequeno- almoço, por exemplo), um produto lácteo (iogurte ou leite] e uma peça de fruta [variar, de preferência) constituem a melhor opção nutricional para começar o dia.
Ler os rótulos para escolher o melhor
Um hábito que está a ganhar importância na hora de fazer as compras no supermercado é olhar para os rótulos nutricionais. Ana Perdigão avisa que a “sua leitura atenta permite fazer as escolhas mais adequadas e nutricionalmente mais equilibradas”.
“Assim, quando toma um pequeno-almoço tradicional lembre-se que a carcaça ou o croissant, mais a manteiga, o queijo, o fiambre ou o doce, o leite gordo ou magro, com ou sem açúcar ou café… representam um determinado valor calórico que deve sempre contabilizar. No caso dos cereais de pequeno-almoço é mais fácil fazer as contas, já que na embalagem está a informação por 100 gramas de produto e, até mesmo o valor nutricional por 30 gramas de produto com leite, que é a porção recomendada”, salienta.
Um dos receios de algumas mães é o excesso de açúcares que alguns cereais de pequeno-almoço têm. Mais uma vez, os rótulos disponibilizam informação que lhe permitirá escolher o produto em função do tipo de cereal [dê preferência aos que têm cereais integrais como primeiro ingrediente]; à menor percentagem de açúcares, ao maior teor de vitaminas ou de cálcio.
“Já sabe, a monotonia é inimiga da vontade de comer”, avisa a nutricionista, aconselhando variedade às refeições. “Pão fresco, torradas, ovo cozido, iogurtes de sabores ou alternar entre diferentes cereais de pequeno-almoço, puxe pela imaginação e resista à tentação dos produtos de panificação açucarados, normalmente muito doces e com baixo valor nutricional”, conclui.
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês)