As futuras instalações do arquivo e museu da resistência de Timor-Leste foram apresentadas terça-feira passada em Díli, no 11º aniversário do referendo pela independência do país.
Há mais de 10 anos que a Fundação Mário Soares e as autoridades timorenses recolhem e tratam documentos da resistência. Em 2002 foi feita a primeira exposição e em 2005 começaram as obras no edifício de um antigo tribunal português para instalar o museu que será um “verdadeiro centro cultural”.
“Começámos a construir um projeto de criar um verdadeiro centro cultural na zona central de Díli (…) que fosse, por um lado um projeto de salvaguarda da memória histórica da resistência, por outro lado fosse a criação de um pequeno centro cultural aberto às iniciativas não só do arquivo e museu, mas também de outras instituições”, explicou Alfredo Caldeira, da Fundação Mário Soares.
O projeto recuperou o antigo edifício do tribunal português e “criou novas valências designadamente um auditório, cafetaria, livraria, que praticamente não há em Díli, e uma zona, um verdadeiro bunker, para guardar documentos e outros objetos da resistência”, disse Alfredo Caldeira.
O arquivo e museu da resistência timorense vão ser inaugurados em maio de 2012 e o próximo passo é criar investigação histórica.
“Pensamos inaugurar o edifício em maio de 2012, dez anos depois da primeira exposição, e a partir dai creio que o salto mais importante é criar investigação sobre os documentos, ou seja, é subir o nível de acesso aos documentos não ser só curiosidade, mas ser investigação histórica que não há em Timor”, afirmou Alfredo Caldeira.
O projeto de reconstrução e ampliação do edifício é da responsabilidade da arquiteta portuguesa Tânia Correia.
Timor vai ter um museu da resistência
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Vão ser tornados públicos milhares de documentos da ocupação Indonésia em Timor-Leste. Em breve, vão estar disponíveis no museu nacional da resistência timorense que construção está a ser apoiada pela Fundação Mário Soares.