Segundo notícia adiantada pela Lusa, o anúncio foi feito quarta-feira pelo vice reitor da instituição. “A razão fundamental para abrir o ensino de Língua Portuguesa na nossa Universidade é a facilidade de comunicação com Timor-Leste”, explicou o vice reitor Titus Bureni.
“Timor-leste e Timor ocidental indonésio estão no mesmo arquipélago e as comunicações são importantes para um bom entendimento”, acrescentou.
Em visita a Díli, Titus Bureni disse aos jornalistas que foi assinado terça-feira um “memorando de entendimento” com Timor-Leste no sentido de promover a cooperação entre a sua instituição e a Universidade Nacional Timor Lorosae (UNTL).
Bureni disse ainda que este acordo visa “promover estágios e intercâmbio de estudantes” e que a cooperação entre as universidades pode vir a abranger também a área do desporto.
O programa de ensino de Língua Portuguesa está agora a ser desenhado, vai ser elaborado o currículo, e serão convidados docentes da UNTL para ensinar no polo de Cupang da universidade indonésia.
A Universidade vai estar representada dia 25, no seminário nacional sobre línguas locais, organizado pelas autoridades de Timor-Leste.
Esta cooperação recebeu já o elogio de Virgílio Marçal, deputado do CNRT, partido que lidera a coligação no poder em Timor-Leste, que enalteceu o interesse dos académicos indonésios em fomentar o ensino de Português.
“Sentimo-nos honrados e contentes porque é uma língua oficial de Timor-leste que também vai ter espaço em Timor Ocidental”, afirmou.
O ensino da Língua Portuguesa em Timor Ocidental representa uma mudança na atitude da democracia indonésia perante Timor-Leste, onde a utilização do Português foi combatida durante a ditadura de Shuarto.
[Notícia sugerida pelo utilizador Vitor Fernandes]