O jornal britânico The Guardian dedicou, recentemente, um artigo da sua secção de viagens à gastronomia do Alentejo, o "cesto do pão de Portugal", que, além do trigo, "produz metade do vinho do país e é o maior produtor de cortiça do Mundo".
O jornal britânico The Guardian dedicou, recentemente, um artigo da sua secção de viagens à gastronomia do Alentejo, o “cesto do pão de Portugal”, que, além do trigo, “produz metade do vinho do país e é o maior produtor de cortiça do Mundo”.
Adrian Mourby, jornalista daquela publicação, elaborou um pequeno guia com os melhores restaurantes, vinhos e ofertas de alojamento da região, “quente, seca e mais suave do que o norte do Algarve e que tem sido ignorada por muitos” mas que é, ao mesmo tempo, “muito fértil” e “conhecida como a alma gastronómica de Portugal”.
Em Évora, cidade que, salienta, é Património Mundial da UNESCO, o autor da peça falou com a alentejana Gertrudes Alfacinha, historiadora e guia turística, com quem visitou um dos pequenos restaurantes locais e provou “azeitonas, queijo, lulas, porco preto e manteiga de alho” – uma entrada “que é uma refeição em si própria” e “que vem com a mesa”, nota com surpresa.
“A história e a comida existem em abundância em Évora, além do maravilhoso vinho e das lojas que vendem produtos em cortiça”, escreve Mourby, que passou por outras regiões do Alentejo, como Monsaraz, Montemor-o-Novo e, mais a sul, Beja.
Segundo o britânico, “a comida da região não é nem grosseira, nem sofisticada, mas rica em ingredientes como o queijo de cabra, o porco preto, o bacalhau, os cogumelos selvagens e os espargos”, sendo que “cada vila tem a sua própria especializada, desde azeites apimentados a sobremesas de gemas de ovos”.
“É esta riqueza individual que torna o Alentejo especial – além do facto de produzir quase metade do vinho português”, elogia o cronista, que afirma que a região está a começar a ser definida “como a nova Toscana, ou a Toscana económica” e que às qualidades gastronómicas se junta a riqueza arquitetónica, com “uma enorme abundância de vestígios romanos”.
De acordo com Mourby, os ingleses pensam ainda em Portugal como “apenas Lisboa e Algarve”, o que os tem levado a “negligenciar esta terra bonita, fecunda e orientada para a gastronomia”.
Porém, acredita, esta mentalidade tem de mudar. Isto porque, “além de Évora, esta região tem muito para oferecer aos amantes de comida, bem como do campo, da cultura e da cortiça”, conclui.
Clique AQUI para aceder ao artigo (em inglês).
Notícia sugerida por Maria da Luz