As grandes marcas de roupa mundiais continuam a regressar a Portugal, depois de experiências pouco positivas com fabricantes têxteis asiáticos e marroquinos, noticia o jornal Expresso desta semana. Uma aposta que está a beneficiar as empresas têxteis nacionais cujo crescimento já ronda os 10 e 20 por cento.
Grandes marcas de costura como a Judith Lacroix, a Linvosges e a Benetton estão a voltar a Portugal e a contribuir para o crescimento de fábricas como a Raith de Marco de Canaveses.
“Em termos de qualidade e prazos e não há ninguém como os portugueses”, garantiu ao jornal Expresso o responsável da Raith, à margem da feira TexProcess, que decorreu de 11 a 14 de junho, em Frankfurt, Alemanha, organizada por algumas marcas como a Mango, Hugo Boss e Adidas.
Segundo o diretor-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Paulo Vaz, “a indústria nacional já evoluiu da subcontratação para o private label” e está mesmo a vender mais do que produção, oferecendo “serviços e soluções ao cliente”.
As empresas de têxtil portuguesas presentes na feira, como a Raith, Inarbel e a Crispim Abreu, foram unânimes em termos de resultados: todas apresentaram, em 2010 e 2011, um crescimento entre os 10 e os 20 por cento.
De acordo com o Expresso, este sector tem atualmente 6900 empresas com uma faturação na ordem dos 6.1 mil milhões de euros e exportações com lucros de 3,7 mil milhões, que equivalem a 10 por cento do total das exportações nacionais.
[Notícia sugerida por Ana Marques Guedes]