Um teste de sangue permite, através do DNA, identificar tumores específicos e detetar precocemente cancros em fase inicial.
Este teste é visto como uma evolução significativa nas chamadas “biópsias líquidas”, com os investigadores a esperar que possa ser usado para identificar os cancros numa fase em que os pacientes têm maior probabilidade de sobrevivência.
Para o estudo, os investigadores selecionaram amostras de sangue de pacientes com cancro de mama, pulmão, ovário e colorretal, procurando 58 genes tipicamente ligados a esses cancros. No global, entre 200 pacientes, foram capazes de detectar 86 de 138 tipos de cancro de fase I e II. Também identificaram mutações em tumores de 100 dos pacientes estudados e descobriram que, em 82 pacientes, as mesmas mutações encontradas no sangue correspondem às encontradas no tecido tumoral.
A detecção e análise de DNA através de células no sangue dos pacientes estão a ser aceites cada vez mais na medicina oncológica. No entanto, esta abordagem tem sido aplicada para a monitorização de pacientes com tumores existentes, em estado mais adiantado.
Victor Velculescu, professor de oncologia e patologia no Centro para o Cancro Johns Hopkins Kimmel, nos Estados Unidos, foi um dos investigadores que liderou este estudo e os testes realizados. Velculescu e a sua equipa referem que, apesar dos resultados promissores, o teste sanguíneo tem de ser validado com um número maior de pessoas.