Ian Cree, patologista molecular e diretor do consórcio ECDC, que reúne dezenas de universidades do Reino Unido ligadas à oncologia, diz que o novo teste permitirá captar "até mesmo pequenas quantidades desses biomarcadores" que possam estar no sangue durante a fase inicial de um cancro.
"Seria fantástico se pudéssemos captar 95% de todos os tipos de cancro" diz o investigador acrescentando que, mesmo que o teste não venha a identificar um tipo específico de cancro nas amostras iniciais, os pacientes podem ser reencaminhados para exames mais específicos.
O próximo passo é reduzir esta lista para 50 biomarcadores e criar um teste ao sangue que permita identificar a presença de cancro antes que sejam detetados os primeiros sintomas – um cenário que os investigadores imaginam ser possível num prazo de dez anos.
Fiona Osgun, investigadora do Cancer Research UK, diz que "a deteção precoce é uma área de investigação vital", mas que ainda é necessário refinar o processo.
"Um teste ao sangue para detetar diferentes tipos de cancro é uma ideia fantástica, mas antes de um teste destes poder ser aplicado é necessário reunir provas da sua precisão, de que poderia salvar vidas, e de que os seus benefícios ultrapassam os riscos – tais como a possibilidade de diagnosticar cancros que não seriam prejudiciais", conclui.