O estudo publicado na revista Science Translational Medicine, revela que este teste pode ajudar os homens com uma presença elevada de PSA (um antigénio específico da próstata) no sangue a decidir se é possível atrasar ou evitar a biópsia, um exame que pode trazer riscos para o paciente.
Através desta análise consegue-se detetar uma anomalia genética presente em 50% dos casos de cancro da próstata, quando se fundem os genes TMPRSS2 e ERG. Uma vez que esta fusão só aparece em metade dos casos, os investigadores optaram por incluir na prova outro marcador tumoral, o PCA3. A nova combinação fornece mais dados para a deteção do cancro da próstata que a de cada um dos marcadores individuais.
Para realizar este estudo, cientistas analisaram amostras de urina de 1.312 homens em três centros médicos académicos e em sete hospitais. Os pacientes foram depois divididos em três grupos, de acordo com o risco baixo, médio ou alto de sofrer de cancro. Finalmente, os resultados do exame de urina foram comparados com os das biópsias de cada paciente.
As biópsias revelaram a presença de cancro em 21% dos casos que a prova tinha determinado como de baixo risco; em 43% dos de médio risco e em 69% dos do grupo de alto risco. Além disso, apenas 7% dos homens do grupo de baixo risco foram diagnosticados com tumor agressivo, enquanto nos de alto risco a percentagem foi de 40%.
Segundo Arul Chinnaiyan, um dos responsáveis pelo estudo, “há muitos mais homens com uma elevada presença de PSA no sangue do que os que realmente sofrem de cancro da próstata, o que pode ser difícil de determinar sem uma biopsia”.
Os investigadores esperam que este exame de urina anteceda a biopsia e ajude a decidir sobre a necessidade de a fazer.
De acordo com os dados da American Cancer Society 217.730 pessoas receberão um diagnóstico de cancro de próstata este ano nos Estados Unidos, enquanto que 32.050 morrerão vítimas da doença.
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