Os responsáveis pela investigação analisaram, há cerca de 27 anos, seis fatores de 3.500 crianças: condições socioeconómicas, estabilidade emocional, hábitos de saúde dos pais, problemas de comportamento, posição social e controlo emocional.
Em 2014, cerca de 1.090 adultos que tinham participado na primeira fase do estudo, agora com idades entre 30 a 45 anos, foram submetidos a uma avaliação da sua saúde cardiovascular, tendo em conta fatores de risco como a taxa de colestrol e de açúcar no sangue, hipertensão, excesso de peso, tabagismo e diabetes. O estudo foi publicado em Dezembro na revista 'Circulation', da American Heart Association.
No cálculo da 'saúde cardiovascular ideal', os investigadores basearam-se em sete aspetos chave: ser ativo, ter o colestrol controlado, uma alimentação equilibrada, pressão sanguínea regulada, um peso saudável, níveis de açúcar no sangue baixos e ausência de tabaco.
A equipa verificou que o ambiente em que as crianças vivem interfere na sua saúde ao longo da vida. Aquelas que crescem com mais bem estar e mais estabilidade financeira e emocional, têm menor probabilidade de desenvolver problemas cardiovasculares na idade adulta.
Crianças felizes são adultos com peso mais saudável
Para além disso, as crianças que tiveram mais experiências positivas têm mais 14% de probabilidade de terem um peso saudável quando adultos, do que aqueles que tiverem uma infância difícil.
Estas têm mais 12% de probabilidade de se tornarem fumadoras e mais 11% de hipóteses de terem taxas elevadas de açúcar no sangue quando chegarem a adultos, em comparação com as mais felizes.
“As escolhas dos pais podem ter efeitos a longo-prazo na vida das crianças. Por exemplo, se os pais de um jovem se mantiverem desempregados, o impato pode ser enorme. Por outro lado, se os progenitores deixam de fumar, isso vai melhorar a vida dessa criança”, conta Laura Pulkki-Raback, coordenadora do estudo.
Notícia sugerida por Maria da Luz