Ter um cão pode ajudar os indivíduos a manterem-se fisicamente ativos e saudáveis à medida que envelhecem, concluiu um novo estudo norte-americano.
Ter um cão pode ajudar os indivíduos a manterem-se fisicamente ativos e saudáveis à medida que envelhecem. A conclusão é de um novo estudo norte-americano, que revela que os idosos que passeiam regularmente os seus amigos de quatro patas tendem a apresentar maior resistência e bem-estar físico.
O estudo, desenvolvido por Kimberlee Gretebeck, da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, analisou 1.100 homens e mulheres com idades entre os 65 e os 95 anos, a maioria dos quais eram casados ou viúvos e 14,7% dos quais tinham um cão.
Os participantes deram a conhecer os seus hábitos ao nível do exercício físico e a dificuldade sentida em atos como subir as escadas, levantar pesos, sentar-se e levantar-se numa cadeira e desempenhar tarefas domésticas leves e pesadas.
Gretebeck observou que aqueles que tinham cães e passeavam com eles regularmente apresentavam uma probabilidade muito maior de sentir menos dificuldades na realização deste tipo de tarefa em comparação com os que não tinham um animal ou não faziam caminhadas regulares.
De acordo com um comunicado divulgado pela universidade, o facto de se ter um cão e a responsabilidade em relação ao animal tende a aumentar a frequência das caminhadas feitas pelos idosos, gerando um impacto positivo na sua resistência.
A investigadora constatou que aqueles que tinham cães e os passeavam andavam mais e com mais frequência, além de fazer mais atividade física e de apresentarem uma atitude mais positiva do que os restantes.
Cães são bons parceiros de exercício
Ou seja, os cães são não apenas bons companheiros, mas também uma boa ajuda para os idosos se manterem saudáveis e ativos. “Ainda assim, só ter um cão não é suficiente”, alerta Gretebeck. “É preciso levá-lo a passear para que tanto o animal como o dono possam desfrutar dos benefícios”, acrescenta.
Por ter trabalhado durante vários anos em unidades de cuidados intensivos e urgências, Gretebeck testemunhou de perto a diferença que o exercício pode fazer na vida dos pacientes mais velhos, já que aqueles que se exercitam são, por norma, mais indepentes e saudáveis, ao passo que os menos ativos tendem a apresentar-se deprimidos e a sofrer com doenças crónicas como a diabetes.
Portanto, o simples facto de se ter um cão e de passear com ele com regularidade pode ser altamente benéfico, conclui Gretebeck. Ainda assim, segundo a investigadora, há várias barreiras que os idosos continuam a ter de ultrapassar, nomeadamente tratar de cônjuges doentes, lidar com problemas de saúde crónicos e ajudar com os netos.
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).