Os investigadores queriam interpretar os custos ou benefícios das ambíguas relações laborais, tão diferentes daquelas que temos com a nossa família ou com os nossos amigos.
“Poderão as relações amor-ódio, no trabalho, ter um efeito positivo no nosso desempenho profissional? A resposta é 'sim”, garantem os investigadores num comunicado divulgado esta terça-feira.
Os investigadores defendem que num ambiente onde temos uma relação amor-ódio com certos colegas há uma subida dos níveis de motivação, contrariando a ideia do senso comum segundo a qual ter rivais no trabalho é prejudicial para a saúde.
Para este estudo, foram avaliadas cerca de 120 pessoas, que se conheceram previamente via um serviço de mensagens instantâneas. Deste número, metade foi sujeito a uma situação em que era simulada a criação de uma amizade, e os restantes participantes simularam relações de inimizade, através de situações que estimulavam a competitividade.
Ambos os grupos terminaram a participação no estudo com uma tarefa que consistia em corrigir a informação de um blogue. Os que se consideravam entre rivais conseguiram identificar mais erros nos textos que os seus rivais tinham escrito previamente.
Mas, “apesar dos benefícios, também é não aconselhável que todas as nossas relações laborais sejam ambivalentes”, defende um dos responsáveis pelo estudo, Shimul Melwani, no Harvard Business Review.
Em 2003, um outro estudo já se tinha focado nesta temática, através da submissão a 102 participantes que mediram a sua pressão sanguínea durante três dias.
Os dados apresentados por estes aparelhos eram mais elevados quando os sujeitos se relacionavam com os seus rivais do que entre amigos, pelo que estar apenas entre rivais pode realmente prejudicar a saúde.
O ideal, conclui a equipa de investigação, é ter um ambiente equilibrado onde haja amigos e rivais.
Notícia sugerida por Maria da Luz