O administrador da empresa, Ricardo Neves, explicou à agência Lusa o procedimento, que consiste em tirar, através dos sistemas autónomos aéreos, imagens térmicas, durante várias missões diurnas e noturnas.
“Vamos fazer isto com sistemas que se chamam 'AR 4 Light Ray', sistemas aéreos não tripulados de pequena dimensão – segundo as qualificações são uma espécie de mini UAV, sistemas compostos por um avião não tripulado (drone), estações de solo e sistemas de comunicações”, contou à agência Lusa.
Estes dois aviões são lançados a alguns quilómetros do objetivo, sobrevoando-o com diversos tipos de câmaras, recolhem imagens, que serão transmitidas em tempo real e gravadas em simultâneo, de forma a mostrar como a lava está a evoluir.
Ricardo, que está acompanhado pelo operador João Mestrinho e pela técnica Filipa Martins, frisou que este sistema permite ter uma visão “muito diferente” daquela que se tem em terra, e que ajuda a prever a evolução da lava.
“Quando se está em terra tem-se uma perspetiva horizontal sobre o que está a acontecer, mas teremos uma perspetiva vertical, vamos ver tudo de cima e obter um panorama com vários tipos de imagem”, contou o administrador da Tekever, responsável também pelo fabrico dos protótipos e dos aparelhos utlizados nesta ação.
O Vulcão do Fogo entrou em erupção a 23 de Novembro e a lava destruiu duas localidades de Chã das Caldeiras, e obrigou ao realojamento de cerca de 1.500 pessoas, sem que tenham sido registadas vítimas. A atividade vulcânica têm-se mantido estável desde o dia 6 de dezembro.
Notícia sugerida por Maria Pandina