A missão BepiColombo é a primeira aventura europeia no planeta Mercúrio. A missão arranca a Janeiro de 2017 numa viagem até ao planeta mais próximo do Sol, que é também um dos menos explorados do nosso Sistema Solar.
Esta será uma missão “escaldante”: quando chegar a Mercúrio, em Janeiro de 2024, o módulo que transporta as duas sondas da missão vai encontrar, no local, temperaturas acima dos 350 °C.
No planeta, as sondas Mercury Planetary Orbiter (MPO) e Mercury Magnetospheric Orbiter (MMO) vão explorar os solos, a atmosfera e outros dados de Mercúrio durante um ano terrestre (quatro anos de Mercúrio) com a possibilidade de expandir a missão por mais um ano.
O Mercury Magnetospheric Orbiter (MMO) é composto por cinco grupos de instrumentos: MPPE, MGF, PWI, MDM e MSASI. Este último, o Mercury Sodium Atmosphere Spectral Imager (MSASI) foi desenvolvido pela portuguesa Active Space Technologies e pretende fazer a análise dos níveis de sódio da atmosfera do planeta.
Ricardo Patrício, diretor executivo da empresa, afirma que “este é um marco importante para a Active Space Technologies”. “O MSASI foi um dos primeiros protótipos que desenvolvemos para missões espaciais ainda em 2006 e é muito gratificante ver a nossa tecnologia a ser integrada nesta fase da missão”, salienta o responsável num comunicado de imprensa enviado ao Boas Notícias.
O equipamento MMO terá como missão medir e registar dados do campos magnéticos do planeta. O MMO está equipado com uma antena de 0.8 metros que servirá para comunicar com o centro espacial Usuda Deep Space Center (UDSC), no Japão.
Esta é uma missão conjunta da Agência Espacial Japonesa (JAXA) e da Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês). A Agência Espacial Japonesa apresentou oficialmente ao público, no mês de Março, o Mercury Magnetospheric Orbiter (MMO).