Depois de 150 anos fechado, o Teatro Thalia, em Lisboa, volta a abrir as portas ao público este sábado. A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) é a anfitriã, trazendo ao palco compositores como Beethoven e Myslivecek.
Depois de 150 anos fechado, o Teatro Thalia, em Lisboa, volta a abrir as portas ao público este sábado. A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) é a anfitriã, trazendo ao palco compositores como Beethoven e Myslivecek.
Inaugurado em 1825, “o Teatro Thalia, nas Laranjeiras, é soberbo, por dentro é deslumbrante, e até acusticamente é muito interessante”, sublinha o maestro Pedro Amaral, diretor artístico e pedagógico da OML, à agência Lusa.
A orquestra sob ao palco no sábado, às 21:30, com um reportório que inclui duas sinfonias de Beethoven, a sétima e a terceira, e um poema sinfónico de Saint-Saens, “Faetonte”.
Até Julho de 2014, o teatro vai continuar a receber, todos os sábados à noite, a programação clássica da Orquestra.
Apesar do objetivo ser “dar vida a um novo teatro” e “atuar numa zona de Lisboa, onde foram raros os concertos onde a orquestra se apresentou”, o maestro afasta a hipótese de ocupar o teatro de forma “definitiva.” “Falta um espaço para [a orquestra] se apresentar regularmente, mas o Teatro Thalia não a vem colmatar”, explica o Pedro Amaral no comunicado.
O teatro foi mandado construir pelo 1.º Conde de Farrobo, em 1820. Abre portas cinco anos depois com a ópera “II Castello de Spiriti”, de Mercante. Com 560 lugares, foi um dos principais teatros lisboetas do século XIX. No entanto, em 1862, sofreu um grave incêndio que o levaria a 150 anos de inatividade.
Em 2012, o espaço, atualmente sob chancela do Ministério da Educação e Ciência, foi reabilitado com um projeto dos arquitetos Gonçalo Byrne, Patrícia Barbas e Diogo Lopes. Em 2013, o espaço renovado foi nomeado para o Prémio de Design 2013, do Museu do Design de Londres.
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