“No Algarve criou-se muita riqueza no setor do imobiliário, um negócio que gerou muita receita rapidamente mas que não é sustentável e que, agora, está a ser duramente afetado pela crise”, explica Paulo Bernardo coordenador da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) do Algarve, uma das entidades dinamizadoras da nova start-up. A outra aposta do Algarve, o turismo, “continua saudável mas tem um caráter muito sazonal.
Integrada no recém-inaugurado Parque Empresarial de Tavira (EMPET), a nova incubadora pretende criar novas oportunidades de negócio na região, oferecendo condições aliciantes aos jovens empreendedores. O edifício, a inaugurar em 2013, terá escritório entre os 10 e os 30 metros quadrados, com acesso a auditório, salas de reunião, serviços de secretariado e de telecomunicações por um custo que rondará os sete euros por mês por metro quadrado.
A Start Up algarvia terá ainda um serviço de incubação virtual para empresas que não precisem de espaço físico diário mas que necessitem de salas para reunir com clientes e de uma morada para os seus contactos.
“E claro, temos de acrescentar a grande vantagem de estarem num espaço onde se promove a partilha de ideias e soluções”, acrescenta o responsável, salientando que “três empresas pequenas, em parceria, podem tornar-se numa grande empresa e até participar, em conjunto, em concursos internacionais”.
Universidade norte-americana vai fazer a ponte com EUA
Além disso, salienta Paulo Bernardo, as empresas da Start Up terão acesso a uma extensa rede de contactos e também ligação à Universidade do Algarve e ao New Jersey Institute of Technology “se quiserem fazer determinadas investigações”.
A universidade norte-americana, cujo protocolo foi assinado esta semana no âmbito das conferência Ativar Tavira (na foto), fará ainda a ponte com empresas dos EUA que olhem para esta incubadora como porta de entrada no mercado europeu.
Paulo Bernardo defende que o Algarve “produz bons quadros em áreas transversais” que abrangem as “novas tecnologias, a área alimentar, a saúde e, sobretudo, o mar que tem um potencial riquíssimo que não está a ser explorado”.
Por fim, o Algarve tem ainda a seu favor os acessos rodoviários e marítimos, um aeroporto internacional 'low cost' e, claro, as praias e o bom tempo que são muito aliciantes para investidores estrangeiros.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]