No Jardim Zoológico de Lisboa nasceram, recentemente, dez crias de tartarugas-de-pescoço-comprido-de-roti (Chelodina mccordi), uma espécie considerada 'criticamente em perigo' pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
No Jardim Zoológico de Lisboa nasceram, recentemente, dez crias de tartarugas-de-pescoço-comprido-de-roti (Chelodina mccordi), uma espécie considerada 'criticamente em perigo' pela União Internacional para a Conservação da Natureza.
Cada uma das pequenas tartarugas nasceu com cerca de 3 gramas e 2,5 centímetros de comprimento da carapaça. As mesmas ainda se encontram na Maternidade do Reptilário do Zoo, onde podem ser vistas acompanhadas pela sua família.
Nos adultos, a carapaça desta tartaruga é oval, de cor cinzenta-acastanhada e mede cerca de 20 cm de comprimento. Este animal carnívoro é ainda conhecido pela cabeça estreita e pelo pescoço, muito mais longo do que aquele que é comum nas tartarugas da mesma família.
As fêmeas são geralmente maiores que os machos e a sua alimentação tem por base peixes, girinos, insetos e outros pequenos invertebrados. No seu habitat natural, a época de acasalamento decorre entre Fevereiro e Setembro, com uma postura de 3 a 10 ovos e um período de incubação de 85 a 114 dias (temperatura ambiente: 28-31ºC).
O plano para evitar a extinção desta espécie foi implementado desde logo nos anos 90 e previa a criação de duas populações de salvaguarda, uma nos EUA e outra na Europa. Depois disso, e assim que forem reunidas as condições na ilha de Roti, na Indonésia, está prevista a reintrodução dos animais que, entretanto, nasceram nos zoos destes países.
Em 2008, nos Jardins Zoológicos que integram este projeto de reprodução, existiam pouco mais de 150 animais. Em 2013, e com todo o conhecimento que foi possível adquirir sobre a espécie e as melhorias no seu maneio e reprodução, já são cerca de 200.