Chama-se “Alugar para Brincar” e é um projeto criado por duas irmãs portuguesas com o objetivo de facilitar a vida das famílias com crianças que se encontram a enfrentar dificuldades financeiras, permitindo-lhes alugar brinquedos educativos “por 20% do seu custo no mercado”.

Em declarações à Lusa, Ana Cátia e Andreia Ferreira explicam que o estímulo decisivo para o negócio foi a crise atual e a inspiração da própria família. Tudo porque as mentoras do projeto, ambas com filhas pequenas, decidiram comprar brinquedos “não em número, mas em qualidade” e montaram um sistema de rotatividade dos mesmos entre as suas casas e as dos avós das meninas.

“Daí à ideia de negócio foi um instante”, conta Ana Cátia, que destaca o “imenso dinheiro” que o aluguer permite poupar, além de libertar espaço em casa, já que evita o acumular de brinquedos que, por uma ou outra razão, as crianças deixam de usar, e de dar aos mais pequenos a possibilidade de “ter um brinquedo novo” com muito mais frequência.

De acordo com as duas irmãs, o projeto “Alugar para Brincar” tem também subjacentes outros valores, como o consumo sustentável e a importância da partilha. “O que interessa não é ter o brinquedo, é brincar. A criança quer é brincar. Não é preciso comprar, o que é preciso é brincar”, enfatiza Ana Cátia, que adianta que, além da vertente do entretenimento, os brinquedos têm uma vocação pedagógica muito vincada.

Atualmente, estão disponíveis para aluguer cerca de 150 brinquedos, guardados num armazém em Esposende, mas o 'stock' está em permanente atualização. As encomendas podem ser feitas online, garantindo as promotoras entregas ao domicílio, sem custos adicionais, em todos os concelhos do Grande Porto e no Minho.

Por norma, cada aluguer tem a duração de um mês, mas há também pacotes personalizados para festas, férias ou mesmo para salas de espera. Antes de seguirem para um qualquer cliente, os brinquedos são higienizados e vistoriados, para garantir todas as condições de segurança para as crianças.

Embora o negócio só tenha arrancado a 4 de Maio, para celebrar, simbolicamente, o Dia da Mãe, Ana Cátia assegura que a adesão tem sido boa, mas que há “algum caminho para percorrer”.

“Vivemos numa sociedade muito consumista, em que as pessoas gostam de comprar, e estes são hábitos que precisam de tempo para se alterarem”, conclui a responsável.

Clique AQUI para aceder ao site do projeto “Alugar para Brincar”, onde podem ser feitas as encomendas.

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