O filme português "Tabu" de Miguel Gomes está entre os três candidatos ao Prémio LUX, atribuído pelo Parlamento Europeu, e vai competir com as obras do realizador húngaro Bence Fliegauf e do italiano Andrea Segre.
O filme português “Tabu” de Miguel Gomes está entre os três candidatos ao Prémio LUX, atribuído pelo Parlamento Europeu, e vai competir com as obras do realizador húngaro Bence Fliegauf e do italiano Andrea Segre.
Miguel Gomes segue, assim, as pisadas de Manoel Oliveira, o único português que tinha, até à data, chegado aos finalistas, colocando, em 2007, o filme “Belle Toujours” na lista dos candidatos ao prémio.
A película portuguesa, inteiramente a preto e branco, é o retrato de uma louca história de amor passada em África. Na segunda parte do filme é ainda feita uma homenagem ao cinema mudo – e a um dos grandes mestres do realizador luso, o alemão Friedrich Wilhelm Murnau – ouvindo-se apenas o narrador e a banda sonora e não existindo diálogo entre os atores.
“Tabu” tem sido muito apreciado nacional e internacionalmente e já valeu ao português inúmeras distinções, entre as quais o prestigiado prémio FIPESCI, da Federação Internacional de Críticos do Cinema, atribuído pelos críticos no festival de cinema de Berlim.
A concurso estão também os filmes “Csak a szél” (Apenas o Vento) uma co-produção da Hungria, França e Alemanha da autoria de Bence Fliegauf, e “Io sono Li” (Shun Li e o Poeta), produzido em conjunto por França e Itália e realizado por Andrea Segre.
O Prémio LUX distingue-se pelo seu formato peculiar uma vez que não recompensa os vencedores com um prémio monetário: quem ganhar verá o seu filme legendado nas 23 línguas oficiais da União Europeia, adaptado a pessoas com deficiência visual e auditiva e divulgado no espaço europeu, sendo todas as despesas suportadas pelo Parlamento.
[Notícia sugerida por Elsa Martins]