Os turistas que marcaram presença no Mundial de Surf Rip Curl Pró 2010, que se realizou em Peniche há dois anos, contribuíram com mais de sete milhões de euros para a economia local, concluiu um estudo da ESTTM.
Os turistas que marcaram presença no Mundial de Surf Rip Curl Pró 2010, que se realizou em Peniche há dois anos, contribuíram com mais de sete milhões de euros para a economia local. A conclusão é de um estudo elaborado pela Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar de Peniche (ESTTM).
O estudo, baseado em inquéritos realizados ao público durante os dias do evento na edição de 2010 e em cálculos médios do valor diário gasto pro cada um, estima que as 120 mil pessoas que assistiram à prova tenham deixado em Peniche 7,1 milhões de euros.
De acordo com os investigadores da ESTTM, 73% dos espetadores da prova foram portugueses e 23% estrangeiros. Entre os turistas nacionais, Lisboa contribuiu com mais de 47,3% do público e Leiria com 33% e os estrangeiros chegaram, principalmente, de Espanha (23%), Reino Unido (17%, Alemanha (13%) e França (9%).
A maioria dos espetadores tinha entre 18 e 24 anos ou entre 25 e 34 anos e possuía qualificações ao nível do ensino secundário e do ensino superior, praticando desportos de ondas, em especial o surf.
Cerca de 189 euros diários gastos por pessoa
Durante o evento, concluiu a investigação, grande parte do público usou a residência habitual nos dias em que assistiu às provas, embora alguns tenham alugado casa (23%), outros ficado em hotéis (20%), numa segunda residência (18%), em casa de amigos ou familiares (16%), parques de campismo (9%), autocaravanas (7%) ou surf camps (6%), uma espécie de alojamento destinada a surfistas.
Segundo o estudo da ESTTM, o público permaneceu em média cinco dias em Peniche e terá gasto cerca de 189 euros diários por pessoa. Ao todo, estima o relatório, foram gastos cerca de quatro milhões de euros entre alojamento (31,7%), transportes (26,3%) e alimentação (11%), se se multiplicarem as 120 mil pessoas pelo número médio de dias que assistiram à prova e pelo gasto diário feito por cada uma.
A estes quatro milhões juntam-se as despesas da organização do campeonato e da imprensa, que elevam o valor para 7,1 milhões de euros.
Entre os aspetos mais valorizados de Peniche estiveram a diversidade de ondas e locais para surfar, a cultura do surf, a altura média das ondas e a paisagem natural, ao passo que a temperatura da água, a falta de infraestruturas de apoio no local da prova e o estado dos acessos às praias foram os pontos negativos mais mencionados.