A sonda norte-americana Curiosity descobriu, pela primeira vez, na superfície de Marta, provas diretas da existência daquilo que foi, outrora, um lago de água doce no planeta vermelho.
A sonda norte-americana Curiosity descobriu, pela primeira vez, na superfície de Marta, provas diretas da existência daquilo que foi, outrora, um lago de água doce no planeta vermelho.
Embora já não reste água naquela superfície, os testes de perfuração e as análises químicas dão conta de que já se reuniram as condições necessárias à existência de vida naquela superfície.
Os dados foram recolhidos em rochas densas pelo robot Curiosity e fazem crer que, há cerca de 3,6 mil milhões de anos, estiveram reunidas as condições necessárias para permitir vida microbiana naquele lago.
Nas rochas analisadas foram encontrados vestígios de carbono, hidrogénio, oxigénio, azoto e enxofre, o que sugere “as condições ideais para uma vida microbiana elementar”.
Por norma, as pequenas formas de vida bacteriana, conhecidas pelo nome de 'chemolithoautotrophes', são desenvolvidas em condições similares no planeta Terra, sendo, normalmente, encontradas nas grutas ou no mar em chaminés hidrotermais.
“É realmente o mesmo ambiente (que podemos encontrar na Terra)”, afirmou John Grotzinger, professor de Geologia no Instituto de Tecnologia da Califórnia, citado pela Lusa. O mesmo conta ainda que, o lago, de água fria, era percorrido por correntes e cercado por uma paisagem de montanhas nevadas.