Captada pela sonda Cassini, a tempestade revelou ser 20 vezes maior do que o furacão Sandy e pode dar aos cientistas novas pistas sobre a formação destes fenómenos na Terra.
A NASA divulgou, esta semana, imagens impressionantes de um furacão gigante no polo norte de Saturno. Captada pela sonda Cassini, a tempestade revelou ser 20 vezes maior do que o furacão Sandy e pode dar aos cientistas novas pistas sobre a formação destes fenómenos na Terra.
O olho do furacão registado em Saturno tem cerca de 2.000 quilómetros de largura e os seus ventos alcançam uma velocidade de quase 500 km/h. Os cientistas acreditam que o furacão está 'preso' naquele polo do planeta há anos embora só agora tenha sido observado.
Quando a sonda Cassini chegou ao planeta, em 2004, o hemisfério norte do planeta que estava na escuridão. Saturno demora o equivalente a 29 anos terrestres para girar em torno da sua estrela pelo que a sonda teve de esperar nove anos para conseguir observar a região com luz.
O facto de não existirem oceanos em Saturno para alimentar estas tempestades, como acontece na Terra, surpreende os cientistas que estão à procura de novas teorias sobre a forma como os furacões se formam.
As imagens obtidas do polo norte de Saturno foram registadas pela Cassini a uma distância de 420.000 quilómetros. As imagens foram coloridas com filtros vermelhos e verdes para evidenciar os detalhes, sendo que o vermelho indica nuvens a baixas altitude e o verde representa as formações mais altas.
As primeiras imagens do polo norte saturniano iluminado foram obtidas em 1981, durante a passagem da sonda Voyager 2.