“A doação, que será escalonada ao longo de três anos, é a maior doação privada que a agência das Nações Unidas para refugiados já recebeu nos seus 60 anos de história”, disse o porta-voz do alto comissariado, Adrian Edwards, em Genebra.
Dadaab, no Quénia, enfrenta uma situação de seca extrema. O campo de refugiados foi criado no início dos anos 90, para uma população de cerca de 90 mil pessoas. Hoje em dia, são mais de 440 mil os somalis que residem naquela zona. O número aumentou fortemente nos últimos três meses, segundo informação do ACNUR.
António Guterres, Alto-comissário para os Refugiados, disse que o gesto humanitário da IKEA “chega em um momento crítico”. “A crise no Corno da África continua a aprofundar-se com milhares de pessoas a fugir da Somália durante toda a semana. Nós estamos extremamente gratos. Uma ajuda como esta não poderia vir em um melhor momento”, lê-se no comunicado do ACNUR.
Esta ação surge na sequência de uma parceria entre o ACNUR e a IKEA, iniciada há um ano. A ideia é apoiar financeiramente as operações do Alto Comissariado em zonas como o Bangladesh, o leste do Sudão e o Quénia.
“Esta iniciativa é uma extensão ousada, embora natural, do compromisso de longa data da Fundação IKEA com a melhoria das condições de vida de crianças e famílias desfavorecidas no mundo em desenvolvimento,” disse o diretor executivo da Fundação, Per Heggenes.
[Notícia sugerida por Rute Mira]