No bar de que é proprietário, na praia de Santa Cruz, Mário Campos oferece o café em troca de bens de primeira necessidade para ajudar famílias carenciadas. Depois de recolhidos, o comerciante de Torres Vedras faz chegar os mantimentos recolhidos
No bar de que é proprietário, na praia de Santa Cruz, Mário Campos oferece o café em troca de bens de primeira necessidade para ajudar famílias carenciadas. Depois de recolhidos, o comerciante de Torres Vedras faz chegar os mantimentos recolhidos à Alapa, uma instituição social do concelho.
“A Alapa precisa de mantimentos e oferecer um café é a minha forma de ajudar quem precisa de ajuda. Desta forma, incentivo as pessoas a trazer, por exemplo, um quilo de massa ou arroz, ao mesmo tempo que promovo o meu bar com iniciativas inovadoras”, refere Mário Campos, gerente do bar Dali, à agência Lusa.
A campanha já encontra em curso e prossegue até ao dia 23 de Novembro. Na entrega de três unidades ou três quilos de bens de primeira necessidade (como conservas, leite, enlatados, leite em pó, bacalhau, fraldas para crianças, feijão, açúcar, azeite e óleo), o empresário oferece um café.
A Alapa ajuda três centenas de famílias carenciadas, entregando na semana anterior ao Natal cabazes com diversos produtos e bens alimentares. Eduarda Santos, presidente da instituição, avança que a mesma carece de “alimentos para ajudar todas as famílias”, pelo que tem “várias ajudas a decorrer até ao final do mês para depois preparar os cabazes”.
O abrigo representou um investimento de 80 mil euros, apoiado em 40 mil euros pela Segurança Social, e vai dispor de 14 camas, sala para almoços e para convívio e gabinetes técnicos de atendimento.
Portugueses estão mais solidários e preferem doar alimentos
Trinta por cento dos inquiridos num estudo sobre solidariedade e responsabilidade social em Portugal disseram contribuir de “forma regular” com donativos para ações sociais, um número que quase triplicou face a 2010.
O estudo, promovido pela Associação LINK, revela que portugueses estão “mais sensíveis e colaborantes” com ações de índole social. Há três anos, 40% dos portugueses mostravam um grande distanciamento com as questões da responsabilidade e da solidariedade social.
Sobre a disponibilidade para aderirem a diferentes tipos de ações de solidariedade, 81% mostram “clara abertura” para optar, em caso de igualdade de preço, por produtos e serviços que apoiem uma causa social.
A compra de géneros alimentares é a forma de donativo preferida pelos portugueses (74% contra 56% em 2010), seguindo-se as ações de voluntariado (35%), os donativos em peditório de rua (31%) e no momento do pagamento de compras (27%).
A análise conclui que os portugueses revelam atualmente “um aumento significativo da familiaridade com o conceito de solidariedade social” face a 2010.
Notícia sugerida por Alda Lopes Moreira