Uma destilaria escocesa prepara-se para entregar as sobras do processo da produção do whisky a uma empresa recém-criada que desenvolveu um método capaz de converter estes resíduos num tipo avançado de biocombustível - o butanol.
Uma destilaria escocesa prepara-se para entregar as sobras do processo da produção do whisky a uma empresa recém-criada que desenvolveu um método capaz de converter estes resíduos num tipo avançado de biocombustível – o butanol. O biocombustível poderá, depois, ser utilizado para abastecer veículos a gasolina ou gasóleo.
O projeto, o primeiro do género a nascer na Escócia graças à parceria entre a produtora de whisky Tullibardine e a start-up Celtic Renewables – vai aproveitar os resíduos que possuem alto teor de açúcar e são hoje usados para a produção de fertilizantes e ração para gado, representando mais de 90% do material utilizado para destilar a bebida alcoólica.
A empresa criada pelo Biofuel Research Centre (BfRC) da Universidade de Napier, em Edimburgo, pretende ainda construir uma planta de processamento destinada a fazer crescer esta indústria, contando com o apoio do Governo, que acredita que esta produção de biocombustível poderá contribuir para alcançar as metas do país quanto à redução de emissões poluentes (42% até 2020).
Em comunicado, Martin Tangney, diretor do BfRC e fundador da companhia, afirmou que a parceria com a destilaria “é um passo importante no desenvolvimento de um negócio que combina duas indústrias escocesas icónicas: a do whisky e a das energias renováveis”.
“Este projeto demonstra que o uso inovador de tecnologias que já existem pode servir-se de recursos que estão à nossa porta para beneficiar quer o ambiente, quer a economia”, concluiu o responsável.