Até ao final deste ano, as pessoas portadoras de doenças que exijam serviços especializados não serão tratadas no hospital da sua área de residência, mas sim na unidade especializada na sua doença, que comprovadamente possua os melhores meios para re
Até ao final deste ano, as pessoas portadoras de doenças que exijam serviços especializados não serão tratadas no hospital da sua área de residência, como até agora, mas sim na unidade especializada na sua doença, que comprovadamente possua os melhores meios para realizar os tratamentos. Esta medida, em fase de estudo na Direcção-Geral da Saúde (DGS), irá ter como consequência direta a criação de centros de referência nas unidades hospitalares por cada especialidade.
Em declarações ao Diário de Notícias, Alexandre Diniz, diretor do Departamento da Qualidade na Saúde da DGS, afirmou que “está a ser feito um trabalho interno por um grupo de peritos”.
“Estamos a começar a elaborar critérios para definir quais serão os centros de referência, ou seja, os mais diferenciados e com maior nível de conhecimento em cada área. A ideia é ir definindo critérios até com apoio de centros europeus. Este trabalho também está a ser feito lá fora”, acrescentou o responsável.
Sendo este um processo indissociável da certificação de qualidade das unidades e serviços “a tutela adoptou um modelo semelhante ao da Andaluzia e agora está a testá-lo em quatro unidades de saúde familiares. Os hospitais e unidades de cuidados primários podem solicitar a certificação ou obtê-la para alguns serviços”.
A proposta irá ser apresentada este ano, “mas a implementação dos critérios será um objectivo a longo prazo”. A melhoria da qualidade dos serviços prestados “pode, em última instância, obrigar à concentração de serviços e a economias de escala, gerando poupanças. O objetivo é melhorar o SNS e que haja reconhecimento público disso”.
Um ano depois da implementação da estratégia nacional para a qualidade na saúde, Alexandre Diniz destacou o trabalho que está a ser feito com vista à qualidade clínica em diversas áreas.
“Já fizemos normas de orientação na área da infeção ou trauma, mas estamos a preparar mais normas em mais de 60 patologias”, conclui.