A terceira edição do Smart Open Lisboa, uma ambiciosa iniciativa que pretende envolver o universo das start-ups e as suas soluções inovadoras, para que possam contribuir para uma cidade melhor, mais inteligente e mais eficiente, já escolheu as 14 start-ups que vão trabalhar lado a lado com os parceiros, num projecto que este ano se reinventa, para dar melhor resposta às necessidades da cidade.
As 14 selecionadas para projetos-piloto, depois de 5 dias de trabalho em ambiente bootcamp, foram a AppyParking (Reino Unido), AIPARK (Alemanha), CardioID Technologies (Portugal), e-floater (Alemanha), eccocar (Espanha), Idatase (Alemanha), LifePoints (Canada), Meep App (Espanha), MotionTag (Alemanha), Parkio (Portugal), Shotl (Espanha), Third Space Auto (Reino Unido), Wall-i (Portugal) e a Xesol Innovation (Espanha).
Juntando entidades como a Câmara Municipal de Lisboa, Turismo de Portugal, a Cisco, NOS, Axians, Santa Casa da Misericórdia, TOMI, Carris, Metropolitano de Lisboa, EMEL, Brisa Daimler ou Ferrovial, este programa enquadra-se no esforço para tornar mais inteligentes os sistemas de gestão das cidades, com vantagens para as pessoas e para a sua qualidade de vida no quotidiano, através de soluções práticas.
O conceito passa por abrir as empresas a novas soluções de startups avançadas, que, como condição de seleção, devem apresentar um protótipo functional de uma solução de mobilidade, não bastando por isso uma ideia.
Por outro lado, para as startups, o facto de poderem vir a ser integradas no contexto corporativo através de um projeto-piloto é uma oportunidade única para testarem as suas soluções no terreno, junto do mercado real, e, muitas vezes, já em estreita ligação com potenciais clientes.
“O Smart Open Lisboa é um projecto que se enquadra na estratégia de inovação da Câmara Municipal para a cidade de Lisboa, acrescentado algo que julgamos fundamental: sermos capazes de transformar a cidade num verdadeiro laboratório de inovação aberta. Como em todos os processos de conhecimento, a aprendizagem é muito importante, e o que aprendemos com as duas edições anteriores deste programa levou-nos a introduzir algumas alterações. Assim, temos uma nova estrutura, onde em vez de termos todo o programa focado em várias áreas, criámos antes vários verticais mais pequenos, dedicados a temas específicos. Apostámos num programa vertical de Mobilidade, que entra agora na fase de pilotos, e vamos também ter, mais tarde, outro vertical, centrado no tema da Habitação”, explica Duarte Cordeiro, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, com os pelouros da Economia e Inovação.
Para Tiago Farias, Presidente e CEO da Carris, “a Carris está muito entusiasmada com os resultados deste programa até agora, especialmente pela qualidade das startups, e por ser um vertical apenas dedicado à mobilidade. Esta proximidade com empresas que estão focadas no que é novo no campo da mobilidade, e que trabalham diariamente na evolução de novos conceitos, está completamente alinhado com a nossa estratégia”.
“As grandes empresas tentam adaptar e integrar um pouco a forma como as startups estão a trabalhar, mas isso tem um sucesso limitado. Este caso está a ser muito útil para nós, uma vez que podemos acompanhar mais de perto a forma como pensam e resolvem problemas, e isso permite-nos integrar esse conhecimento também nos nossos processos”, acrescenta Erik Spitzer, CEO da Daimler Trucks &Busses Tech and Data Hub em Lisboa.
“A nossa missão em Lisboa é muito simples, acelerar a colaboração com este tipo de parceiros e com autoridades como a cidade de Lisboa, e essa combinação é precisamente o centro deste programa”, continua aquele responsável.
A fase de experimentação e pilotos arranca a 16 de setembro próximo, e vai até dia 15 de novembro, data em que se realiza o ‘Demo Day’, evento onde serão apresentados os resultados finais dos vários projectos. Note-se que todas as startups saem desta experiência com algum tipo de parceria para agora ou depois, noutra zona geográfica, noutro momento do tempo ou noutro contexto.
O que é o Smart Open Lisboa?
Beneficiando das duas edições anteriores, o SOL 3.0 é o programa de referência da cidade de Lisboa para a inovação (aberta), ligando parceiros institucionais e grandes empresas a startups, para responderem, em conjunto e em diferentes áreas, a desafios de smart cities.
O programa é promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, e conta também com a colaboração da Sharing Cities, bem como do Turismo de Portugal, Axians, Cisco, NOS, Santa Casa da Misericórdia e TOMI (como Associated Partners). Carris, Metropolitano de Lisboa, EMEL, Brisa, Daimler e Ferrovial estão também envolvidos, e vão ajudar a viabilizar projectos-piloto com as startups.
A ideia passa por transformar Lisboa num laboratório vivo de inovação, sempre numa óptica centrada em resolver problemas e facilitar a vida aos utentes e cidadãos. Fazer de Lisboa uma cidade qua aposta na criatividade e no
empreendedorismo, e tirar partido desse investimento para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
O conteúdo Smart Open Lisboa já escolheu start-ups finalistas aparece primeiro em i9 magazine.