Financiado em mais de 1,5 milhões de euros pela União Europeia, o projeto juntou um consórcio de 12 países europeus (Portugal, Espanha, França, Itália, Reino Unido, Alemanha, Áustria, República Checa, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Letónia), nos quais, ao longo dos últimos dois anos, foi analisada a qualidade dos vários tipos de lâmpadas disponíveis no mercado, quer de lâmpadas fluorescentes quer de LEDs, com o objetivo de melhorar o setor de iluminação residencial.
Em Portugal, o projeto PremiumLight envolveu uma equipa de investigadores do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR) da Universidade de Coimbra (UC).
De acordo com o coordenador, Pedro Esteves, o grande objetivo “é ajudar os diferentes atores do mercado de iluminação residencial, que nesta fase se encontra num estado de transição profunda”.
“Após a análise e testes de qualidade e eficiência aos vários tipos de lâmpadas recolhidas junto de fabricantes, de retalhistas e de lojas da especialidade, produzimos um conjunto de informação essencial para orientar o consumidor para a compra de iluminação eficiente e de elevada qualidade”, acrescenta.
Esta espécie de manual, que além de estar online vai ser distribuído por grandes retalhistas dos 12 países envolvidos no projeto, “esclarece efetivamente o que é iluminação de qualidade, quais as suas vantagens (a nível económico, ambiental e de saúde, por exemplo), e como escolher a lâmpada adequada às certas necessidades e atividades específicas, no interior das habitações.
Luzes LED permitem poupar 100 euros por lâmpada
Há uma grande lacuna na informação ao consumidor. Por exemplo, antigamente, se queríamos mais luz, comprávamos uma com potência (W) maior. Hoje, as tecnologias são diferentes e o único termo de comparação entre elas é o lúmen (lm), que nos diz “quanta luz” tem uma lâmpada», explica o investigador.
Sobre as lâmpadas mais eficientes, os investigadores do PremiumLight concluem que as de LED são as que reúnem as melhores características e as únicas com classes de eficiência energética A+ e A++, permitindo poupanças significativas.
O investigador da UC faz as contas: “o custo inicial da lâmpada (10€) pode parecer, à primeira vista, muito alto para algo que estávamos habituados a pagar 1 ou 2€. No entanto, a longo prazo (ou seja, até a lâmpada deixar de funcionar) a poupança poderá ser superior a 100€. Esta conta considera uma utilização média de mil horas por ano (3 horas por dia), a eficiência energética e a duração da lâmpada (um LED dura em média 20 anos)”.