O Desolenator maximiza a potência da radiação solar que atinge a superfície do equipamento conseguindo ferver e esterilizar 15 litros de água por dia. A grande vantagem deste equipamento, diz a equipa do Desolenator, é que consegue aproveitar toda a energia solar, convertendo-a em eletricidade o que reforça a sustentabilidade energética do sistema.
Numa primeira fase, a água que passa pelo Desolenator é aquecida pelo sol atingindo uma temperatura de cerca de 90 graus. Quanto atinge esta temperatura, o líquido volta a ser aquecido pelo sistema elétrico do Desolenator transformando-se em vapor que, quando arrefecido, dá origem a água potável.
A técnica mais usada para obter água potável – a osmose inversa, que é utilizada em certos países e navios – consiste em passar a água por uma membrana permeável à água mas impermeável aos sais. Mas este é um processo complicado e dispendioso que normalmente funciona com combustíveis fósseis, como o petróleo. Também há sistemas de osmose inversa que funcionam a energia solar mas, até agora, eram pouco eficientes.
Uma família pode ter água limpa durante 20 anos
Uma vez que o Desolenator aproveita toda a energia solar que recebe, a equipa diz que este sistema é capaz de “obter água potável ao custo mais baixo por litro que até hoje foi conseguido”. Um único equipamento, diz a página do projeto, pode fornecer água potável a uma família durante 20 anos.
Os mentores do Desolenator estão a angariar fundos através de financiamento coletivo (crowdfunding) na plataforma Indiegogo e já arrecadaram cerca de metade dos 120 mil euros necessários para comercializar o protótipo.
A equipa do Desolenator salienta que esta pode ser a solução para os países em vias de desenvolvimento onde por vezes as famílias têm de percorrer a pé vários quilómetros para obter água potável.
Notícia sugerida por Vítor Fernandes e Maria da Luz