Atualmente, a doença é diagnosticada através da recolha do líquido amniótico presente na placenta, através de uma agulha que penetra a barriga da grávida. Este é um procedimento doloroso e pode causar o aborto em uma em cada cem pessoas que o fazem.
Nos testes realizados até ao momento pela equipa do especialista Philippos Patsalis, o novo método mostrou-se eficaz na identificação de 14 casos de Síndrome de Down e outros 26 em que o feto não apresentava qualquer anomalia.
“O procedimento é simples, rápido e fácil de analisar em qualquer laboratório do mundo, já que não requer a utilização de equipamentos ou software dispendiosos nem uma infraestrutura especial”, explica o médico, em declarações ao jornal britânico Telegraph.
“Um método de diagnóstico não invasivo como este evita o risco de aborto numa gravidez normal, causado pelos procedimentos convencionais, mais invasivos”, acrescenta o responsável, cujo trabalho foi publicado na revista Nature Medicine.
O Síndrome de Down é causado pela presença de um terceiro cromossoma 21 – daí a doença ser também conhecida como trissomia 21. Provoca dificuldades cognitivas, problemas congénitos a nível cardíaco, maior probabilidade de desenvolver cancros e epilepsia, e uma esperança média de vida mais baixa.
Segundo Philippos Patsalis, estima-se que a doença atinja um em cada 700 nascimentos em todo o mundo.
[Notícia sugerida pela utilizadora Elsa Martins]