O projeto está a cargo do arquiteto Igor França, que prevê manter o espaço de culto, ao mesmo tempo que introduzirá um museu e uma biblioteca judaicos na sinagoga, disse à agência Lusa.
Datado de 1836, este templo hebraico está inserido numa casa de habitação comum. A sua recuperação apenas se tornou viável após a sua cedência à autarquia de Ponta Delgada pela Comunidade Judaica de Lisboa.
“O projeto de arquitetura já está a ser elaborado e as obras deverão arrancar dentro de um ano”, adianta José Medeiros, vereador da Câmara de Ponta Delgada.
Só há dois meses é que grande parte do espólio da sinagoga foi descoberta. Reunidos numa reunidos num arca “coberta de lixo”, encontraram-se objetos religiosos, “documentos impressos e manuscritos, pergaminhos cuidadosamente enrolados e pequenos livros de bolso”, assim como “tábuas de lei”, revela José de Almeida Mello, coordenador da comissão de recuperação da sinagoga.
Para o responsável, a sinagoga de Ponta Delgada constitui o “primeiro marco da cultura hebraica, dos judeus expulsos no século XV [por D. Manuel I] e que regressam no século XIX”.
[Notícia sugerida pela utilizadora Patrícia Guedes]