Uma equipa de investigadores suíços elaborou o primeiro mapa de resistência humana ao vírus da SIDA. O mesmo mostra a forma como o corpo atua contra a doença e pode vir a permitir a criação de tratamentos especializados.
Uma equipa de investigadores suíços elaborou o primeiro mapa de resistência humana ao vírus da SIDA. O mesmo mostra a forma como o corpo atua contra a doença e pode vir a permitir a criação de tratamentos especializados.
Resultado de um estudo sobre esta doença do sistema imunológico humano, o novo mapa foi criado com base em mutações genéticas específicas que deram a conhecer as variações registadas nas pessoas mais resistentes e mais vulneráveis ao vírus.
Com a ajuda de um computador potente, os investigadores da Escola Politécnica de Lausana e do Hospital Universitário do cantão de Vaud, na Suíça, cruzaram mais de 3.000 possíveis mutações no genoma humano do vírus com mais de seis milhões de variações do genoma de 1.071 pessoas seropositivas.
Jacques Fellay, um dos cientistas envolvidos no estudo, explica, em comunicado que o corpo humano desenvolve sempre estratégias de defesa contra o VIH. No entanto, o “genoma do vírus muda rapidamente devido a milhões de mutações por dia”, o que dificulta o combate contra o mesmo.
As informações recolhidas podem agora contribuir para a produção de tratamentos individualizados, consideram os autores do estudo agora publicado na revista científica eLife.
Os especialistas acreditam também que o mesmo vai permitir uma visão mais completa dos genes humanos e da resistência imunológica ao VIH, dando origem a novas terapias, inspiradas nas defesas genéticas naturais do corpo humano.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes