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Sicília: Casas rústicas ‘à venda’ por um euro

Na localidade de Gangi, na ilha da Sicília, cerca de 20 casas estão à venda pelo preço simbólico de um euro. A campanha, lançada pelo governo local, pretende trazer mais pessoas àquela aldeia.
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Na localidade de Gangi, na ilha da Sicília, cerca de 20 casas estão à venda pelo preço simbólico de um euro. A campanha, lançada pela governo local, pretende trazer mais pessoas à aldeia, de forma a dinamizar a economia local e a combater o declínio demográfico.

A junta de Gangi revela, num anúncio divulgado online, que os proprietários estão dispostos a ceder estas casas, desde que os compradores assumam as obras de recuperação, sendo que a maior parte das habitações estão abandonadas há vários anos. Para além destas 20 casas, outras 300 casas estão à venda, no local, por um valor que se situa entre os cinco mil e os 15 mil euros.

A demografia na Sicília está em declínio desde o século passado, nomeadamente desde os anos 20, altura em que houve uma onda de emigração que levou muitos habitantes da ilha a sair da região.

As casas abandonadas, agora à venda por um euro, pertenciam a estes emigrantes. De acordo com a AFP, as habitações têm relíquias como azulejaria do século XVIII e antigos fornos a lenha.

A única condição imposta aos compradores destas casas é um depósito de cinco mil euros que garante ao munícipio que irão renovar a habitação nos três anos seguintes à compra da propriedade. Caso sejam renovadas, o dinheiro é devolvido.

Já existem vários interessados nestas habitações, oriundos da Suécia, Grã-Bretanha, Dubai e Estados Unidos. Dominic Allen, australiano de 33 anos, é um dos interessados: “Pelo preço desta casa não se conseguia sequer pagar o estacionamento na Austrália”, disse à agência de notícias francesa.

A população envelhecida de Gangi está contente com a iniciativa. “Houve uma altura em que se passeava à noite no centro da vila sem ver ninguém. Era triste (…) A iniciativa é boa porque ajuda a população, trazendo vida, esperemos que não só durante o Verão”, disse Piazza Cataldo, uma residente de 83 anos.

Giuseppe Farrarello, o presidente da localidade, acredita que esta medida possa ser um ponto de viragem para a economia e para o défice de juventude da localidade de Gangi.

Notícia sugerida por Maria da Luz

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