“No dia 18 de março, uma equipa constituída por técnicos portugueses, franceses e italianos vai instalar um equipamento provisório de alerta de tsunamis, para que as pessoas que se encontrem na zona ribeirinha de Setúbal sejam avisadas a tempo de se afastarem”, confirmou.
O equipamento de alerta estará ligado ao Instituto de Meteorologia e é constituído por várias torres a partir das quais são emitidos sinais sonoros de alerta à população em caso de perigo iminente de tsunami.
“Temos cerca de meia hora entre o início da onda e a chegada dessa mesma onda à costa de Setúbal”, disse José Luís Bucho.
“Após a instalação do equipamento de alerta será necessário realizar alguns exercícios, para que, em caso de uma catástrofe deste género, as pessoas saibam reagir da melhor forma que o fizeram os japoneses”, concluiu.
José Luís Bucho salientou a importância das acções de prevenção, como esta sexta-feira ficou demonstrado pelo comportamento da população do Japão perante um sismo com uma magnitude de 8,9 graus seguido de um violento tsunami.
Segundo o coordenador da Protecção Civil Municipal, a Câmara de Setúbal tem vindo a trabalhar na prevenção deste tipo de fenómenos naturais a nível local, mas também no âmbito de um plano mais vasto que abrange toda a Área Metropolitana de Lisboa.
De acordo com simulações em computador feitas pela empresa portuguesa Hidromod, parceira de um projeto europeu de alerta de tsunamis, sabe-se que a zona ribeirinha de Setúbal poderia ser muito afectada por um eventual tsunami, com origem num sismo com epicentro no mesmo local onde se verificou o terramoto de 1755, que destruiu grande parte das zonas ribeirinhas de Setúbal e Lisboa.