Responsável da Michael Page Insurance, Inês Paes de Vasconcelos, revela que “continua a aposta no recrutamento fora do setor, tendência que marcou o ano de 2016 e demonstra a «sede» do setor segurador pela inovação das competências dos seus profissionais. Procurando atrair talento de áreas como a tecnológica ou a consultoria estratégica, verifica-se especial procura por profissionais especializados em consultoria estratégica, inovação e digital, áreas da máxima importância para a inovação na relação seguradora-cliente”.
Em 2016, 40% dos processos de recrutamento destinaram-se a preencher áreas não técnicas, como as áreas dos Telos e TI (15%) e de Consultoria (25%). Isto prova que as seguradoras estão a recrutar fora do setor.
A área digital, inovação, estratégia, têm uma forte procura. Em Recursos Humanos (10%), na área Financeira (10%), Tecnologias de Informação (5%) em Marketing e Novos Canais (75%) destaca-se a necessidade de talento especializado.
37% dos processos de recrutamento executados pela Michael Page Insurance, em 2016, representam as novas funções do setor segurador português e estão a criar novas posições como Gestor e Inovação e Gestor de Novos Projetos.
O essencial é conseguir dar respostas a novas necessidades como, Gestão de Projetos de Melhoria Interna, Gestão de Projetos de Inovação de Negócio e Benchmark de Mercado de Concorrência.
O profissional elegido pelas seguradoras tem formação em Matemáticas Aplicadas e experiência profissional anterior em funções semelhantes. O perfil profissional ideal, na área técnica, reúne competências técnicas ao nível do Solvência II e pricing e, em termos de soft skills, capacidade de gestão em ambientes liderança ou stress, capacidade de comunicação, trabalho em equipa, polivalência e flexibilidade.
“O setor está a compreender a necessidade de se reinventar e de reinventar a forma como interage com o cliente, cada vez mais exigente e adepto de relações dinâmicas e com elevado nível de interatividade. Para dar resposta às necessidades do cliente atual, as seguradoras compreendem que a melhor solução é a criação de um «melting pot» de competências, traduzidas num consultor multifacetado, ao invés do tradicional comercial,” certifica Inês Paes de Vasconcelos.
“São as funções ligadas ao front office. As seguradoras preferem profissionais que conjuguem o perfil do tradicional hunter com o perfil de farmer, apresentando know-how técnico a nível dos produtos seguradores e, simultaneamente, capacidade de comunicação e polivalência, mais comuns ao perfil de consultor,” conclui.
Conforme Inês Paes de Vasconcelos, “o setor segurador tem sede de inovação, investindo em tecnologia e soluções que dinamizam processos. Estas tendências desempenham um papel relevante na evolução dos perfis profissionais procurados pelo setor, explicando a aposta em áreas como estratégia, inovação e digital.”
Como tendências para o setor, Inês de Paes Vasconcelos destaca:
– Serviços agregados: a Internet das Coisas está a influenciar o setor, facilitando a integração de clientes graças a aplicações que, por exemplo, automatizam serviços;
– Novos canais de venda: as plataformas digitais, além de estreitarem o relacionamento com os clientes já conquistados, ampliam os canais de venda para conquistar novos públicos;
– Visão global do cliente: os portais que reúnem todos os produtos oferecidos têm papel estratégico fundamental na integração de clientes, criando maior proximidade e oferecendo uma visão mais clara das suas necessidades;
– Avanço de Business Intelligence e Big Data: permitem cruzar e organizar dados de forma estruturada, tornando possível que as seguradoras processem elevados volumes de dados e recolham informação que pode ser utilizada para melhorar resultados;
– Tecnologia para eficiência nas vendas: cada vez mais, o setor segurador recorre a ferramentas tecnológicas para mapear as necessidades e padrões de consumo dos seus clientes e definir estratégias que permitem aumentar a produtividade;
– Ponte virtual com o corretor: as ferramentas de conexão virtual permitem encurtar entre corretores e segurados. Com o aprimoramento das plataformas digitais para seguradoras, o contato com os clientes deve ser cada vez mais virtual.
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