Aumentou a família dos linces-ibéricos no Centro Nacional de Reprodução desta espécie (CNRLI) em Silves, com o nascimento de sete crias durante este mês.
Aumentou a família dos linces-ibéricos no Centro Nacional de Reprodução desta espécie (CNRLI) em Silves. No início do mês nasceram sete crias, filhas de duas mães diferentes, e é possível que até Abril ainda haja mais bebés a ver a luz do dia, já que só nessa altura terminará a época de partos.
A notícia é avançada pelo CNRLI que, em comunicado, explica que “o início da época de reprodução ocorreu em Dezembro de 2011 com o princípio do cio das fêmeas”. Nesse momento, os acasalamentos foram “planeados de acordo com critérios genéticos e respeitando as interações comportamentais observadas entre os animais”.
Na sequência desse esforço, começaram as boas notícias. Biznaga, uma das fêmeas que nunca tinha reproduzido com sucesso no Programa EX Situ – para conservação destes animais -, foi mãe de três crias no dia 5 de Março.
Uma morreu 48 horas depois do nascimento, mesmo com cuidados parentais normais, e duas delas foram abandonadas, pelo que a equipa do Centro está agora a trabalhar para a sua sobrevivência com recurso à amamentação artificial e à incubadora. Hoje, estes dois filhotes pesam cerca de 400 gramas cada um.
Já Castañuela, uma fêmea de seis anos que chegou a Silves em Novembro do ano passado, deu à luz quatro crias na caixa-ninho do seu cercado. Segundo os tratadores, é muito raro que haja partos com número tão elevados de crias mas, apesar disso, esta fêmea “mostra grande dedicação e demonstra estar a cuidar adequadamente toda a sua prole, que segue com atividade e ritmos de lactação normais”.
Os animais ainda não foram batizados mas os nomes deverão ter como inicial a letra “J”, escolhida, este ano, para nomear bebés nascidos em cativeiro ou na natureza.
Toda a atividade das mães e das crias é acompanhada através de vídeo vigilância contínua durante 24 horas por dia pelas equipas dos centros de reprodução em cativeiro de lince em Portugal e Espanha, ambos com bastante experiência adquirida nos anos anteriores.
De acordo com o CNRLI, “os esforços conjuntos de conservação ex situ, com reprodução em cativeiro, e in situ, com recuperação dos habitats e envolvimento de parceiros locais, continuam juntos e articulados para garantir o futuro, ainda incerto, da espécie”.
[Notícia sugerida por Ana Guerreiro Pereira e Sofia Baptista]