por Joana Genésio
Nadine Castro, uma das promotoras do projeto, explica ao Boas Notícias que a ideia nasceu porque os oito amigos se aperceberam que, na região do Pinhal Interior, distrito de Castelo Branco, há um grande desperdício de alimentos de produção local. “As pessoas vão às grandes superfícies e os produtores regionais não conseguem escoar os seus produtos”, sublinha.
Foi no sentido de colmatar essa falha que, em Julho, aderiram ao projeto CoopJovem – uma iniciativa promovida pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES), que financia o salário dos promotores de projetos que resultem, ao fim de 6 meses, numa cooperativa.
Com idades entre os 22 e os 27 anos, os oito jovens empreendedores têm áreas de formação muito diferentes, desde a Engenharia Alimentar e a Bioquímica, ao Turismo e Sociologia. Nadine Castro garante que estas competêmcias multidisciplinares fazem com que todos “acrescentem valor” ao projeto.
Hortofrutícolas, artesanato e produtos transformados
Apesar de ter nascido na Sertã, o projeto abrange também os concelhos de Proença-a-Nova, Oleiros, Vila de Rei e Mação. A Mais Terra já tem alguns produtores e artesão como parceiros, apostando sobretudo em produtos hortofrutícolas, artesanato e produtos transformados (como compotas).
Uma das prioridades será a criação de cabazes com fruta e legumes da época para vender diretamente ao consumidor. A venda destes cabazes já arrancou em formato experimental com um excelente 'feedback' dos clientes (sobretudo casas de turismo rural). Cada cabaz vem com uma receita e a descrição da origem dos produtos.
A cooperativa vai ser oficializada em 2014. Ainda assim, a equipa já levou alguns produtos a eventos gastronómicos regionais. “Temos marcado presença nas edições de Julho, Agosto e Setembro, da iniciativa ‘Os Quintais nas Praças do Pinhal’, onde também aproveitamos para contactar produtores.”
Para além do apoio da CoopJovem, a Mais Terra vai tentar também angariar outros fundos. O ‘crowdfunding’ será uma das formas de angariação de financiamento para um projeto, através da comunidade online. Nesse sentido, no dia 28 de Outubro vão publicar um vídeo sobre a marca, na plataforma PPL Crowdfunding Portugal.
Loja física e virtual em breve
Abrir uma loja da marca é outro dos objetivos do grupo mas, neste início, vão apenas criar pontos de venda em lojas já existentes, na região e em centros urbanos – uma solução mais económica.
“Já temos conhecimento de uma loja que vai abrir em Lisboa, em Dezembro, no Intendente, para comercialização de produtos típicos das várias regiões”, conta Nadine Castro. Em breve, vão ter também disponível uma loja online, com vista a chegar ao mercado nacional e internacional.
A angariação de clientes, parceiros e produtores é, neste momento, a prioridade. Entretanto, quem quiser conhecer melhor os produtos fornecidos pela Mais Terra, pode conhecer esta jovem cooperativa, entre os dias 1 a 4 de Novembro, na Mostra do Medronho e da Castanha, em Oleiros.
Clique AQUI para visitar o Facebook oficial do projeto.